Uma das situações mais difíceis na vida de um homem é quando ele tem de comprar um presente para sua parceira. As mulheres não fazem idéia do quanto penamos para escolher um presente - e escolher errado, na maioria dos casos!
Quantas vezes um homem típico já passou pela horrível situação de dar para sua namorada algo que ele considerava um presente perfeito - como um incrível chaveiro-pendrive de 64 Gigabytes magnificamente decorado com as cores e o símbolo do seu time, por exemplo - e receber em troca um sorriso fingido acompanhado de um comentário chocho do tipo:
- Ah... Que bonito!... É um brinco?... Ah, depois eu experimento, tá? 'Brigadão, amor! - enquanto ela larga discretamente para toda a eternidade o presente dele no móvel mais próximo.
O problema é que presentes tem diferentes significados para homens e mulheres. Para um homem típico, um bom presente é algo que tenha utilidade prática: ferramentas, roupas, sapatos, trecos eletrônicos etc. Já para uma mulher, o que realmente vale em um presente é a inveja que ele vai provocar nas amigas. É por isso que coisas como eletrodomésticos ou apetrechos de cozinha jamais devem ser dados a mulheres em idade reprodutiva, ou suas chances de reprodução com ela cairão a zero! Imagine se o seguinte diálogo seria possível neste planeta:
- Menina, nem te conto! O Paulinho me deu um Mike Tyson Super Grill no Dia dos Namorados! Tô preparando alimentos muito mais gostosos e saudáveis!
- Não me diga! E o Arnoldo, no meu aniversário me deu um Mega Power Juicer Plus! Agora eu faço sucos usando a fruta inteira, graças à sua revolucionária lâmina micro-ondulada de titânio!
A não ser que a sua companheira seja fanática por canais de compras, risque eletrodomésticos da sua lista. Aliás, pode riscar quase tudo o que aparece nestes canais - especialmente as jóias! Imagine o estrago se o cara desse para a mulher uma destas jóias que vendem na TV, e as amigas descobrissem:
- Olha só o anel que o Rodrigo me deu!
- Que bonito!
- Nossa! Deve ter custado uma fortuna!
O que você esperava? Amigas não falam mal umas das outras pela frente! Logo que ela virasse as costas, porém, o veneno correria solto:
- Menina, você viu? Não é aquele anel que tá vendendo no ShitShopTV em 10 parcelas de R$ 9.99?
- É mesmo! E se o Rodrigo foi uma das 15 primeiras pessoas a ligar, deve ter recebido inteiramente grátis o incrível polidor Ultra Shiner Plus, prá deixar o anel dela sempre limpo e brilhante como uma jóia nova em folha!
- Pois eu acho que aquele mão-de-vaca do Rodrigo devia era comprar um revolucionário Super AB-Shaper Magic, prá ver se seu exclusivo movimento biométrico pendular dava jeito naquela barrigona dele!
Aliás, por falar em aparelhos de ginástica, nunca, jamais, em hipótese alguma dê algo deste gênero para sua mulher! Dar este tipo de presente soa aos ouvidos femininos como uma acusação explícita de obesidade mórbida!
Inocentemente, o homem pode dizer:
- Amor, você vivia falando que queria fazer ginástica, aí eu comprei o Ultra AB Fitness Center para você trabalhar todos os músculos, graças ao seu revolucionário assento bi-articulado modular!
Mas o que a mulher vai ouvir é:
- GORDA! OBESA! EMAGREÇA COM ESTA TRAPIZONGA, SUA BALEIA!
Mas pode até acontecer da própria mulher intimar o homem a comprar um treco destes. Isso ocorre quando a mulher já tentou todas as dietas da moda e não conseguiu baixar o ponteiro da balança. A única solução que resta então é confiar na revolucionária tecnologia desenvolvida expressamente para os canais de compras. O efeito é imediato: só o ato de ligar e encomendar a geringonça já deixa a mulher com uma sensação incomparável de leveza - leveza que o homem também sente, especialmente no bolso vazio. De qualquer forma, não importando se foi comprado por inspiração masculina ou feminina, o trambolho cumprirá por instantes sua inestimável função de aliviar o peso (de consciência) da dona ou dono, e depois seguirá seu inexorável destino: virar um eficiente e exclusivo secador permanente de toalhas depois dos 10 primeiros (e únicos) minutos de uso.
Mas afinal, existem presentes seguros para um homem comprar para sua mulher? Claro que existem! Carros, casas, iates, jóias de grife, estas coisas são garantidas. Mas se você não tiver cacife para tanto, porém, pode sempre apelar para a natureza emocional da mulher: dê flores para ela, acompanhadas de um cartãozinho com uma dedicatória bem inspirada! Este é o verdadeiro segredo, porque demonstra sua intenção de tocar os sentimentos dela. Trata-se de um dos raros casos em que realmente a intenção é que conta - as flores são apenas um aperitivo, um tira-gosto.
Não faça como um insensível conhecido meu: numa certa noite, em um farol, sem aviso, ele chamou um velhinho que vendia flores, comprou um buquê e deu para a esposa. Ela, surpresa pelo gesto absolutamente inédito em 20 anos de casados, ficou toda derretida - até que o farol abriu e ele estragou tudo:
- Pô, coitado do velhinho, nesse frio... Fiquei com tanta pena que comprei as flores só prá ele poder ir logo prá casa!
24 de março de 2010
20 de março de 2010
A Síndrome Pré-Festa feminina
Uma das características mais marcantes do comportamento feminino é a mania de pedir a opinião do homem sobre alguma coisa, e depois ignorá-la completamente e fazer o que lhe dá na telha. Gostando ou não, o homem tem que participar, mesmo sabendo que nada do que ele disser vai fazer a menor diferença. Trata-se de um dos deveres maritais básicos do homem, assim como escutar as reclamações de sua mulher sobre qualquer coisa na face da Terra - principalmente aquelas que não tem absolutamente nada a ver com ele.
Mas existe uma ocasião em particular em que esta mania atinge seu ápice: é quando a mulher sofre os efeitos da Síndrome Pré-Festa feminina. A coisa começa quando um casal vai se arrumar para uma festa. O homem em poucos minutos se veste, deixando só os detalhes mais incômodos para a hora da saída, como gravata e paletó. Enquanto isso, a mulher começa a manifestar os primeiros sintomas da Síndrome. Primeiro, ela escancara as portas de todos os armários que ocupa na casa - geralmente todas as divisões menos a mais estreita, onde o homem guarda as suas roupas, gravatas, cintos e sapatos. Ela então olha para a montanha de roupas à sua frente e se desespera:
- E agora? O que eu vou vestir? Não tenho roupa nenhuma!
Depois de alguns minutos de reclamações sobre a falta de roupas, ela acaba escolhendo umas cinco ou seis alternativas na montanha de roupas inexistentes.
Ela veste a primeira roupa, se olha no espelho, mexe daqui, mexe dali, experimenta alguns complementos, e pergunta pro marido:
- Arnoldo, o que você acha? Tô bem com esta roupa?
O homem, preocupado com a hora, responde:
- Ficou ótima! Vamos que já está na hora.
A mulher então ignora tudo o que o marido disse, tira aquela roupa e veste outra. Mexe daqui, mexe dali, se olha no espelho, e pergunta de novo:
- E esta? Ficou boa?
O homem, mais preocupado ainda, responde:
- Tá ótima! Melhor que a primeira! Vamos indo!
Claro que a mulher não vai se satisfazer nem dar bola para o opinião do coitado. Tira a roupa, experimenta a próxima, mexe, remexe, olha no espelho, e pergunta de novo:
- E esta? Será que tá combinando?
O homem, já à beira do desespero, responde:
- Perfeita! Se melhorar estraga! É a melhor de todas! Vamos embora!
Ledo engano! A mulher passa para a próxima roupa, veste, mexe daqui e dali, olha no espelho, e torna a perguntar:
- E agora? Fiquei bem?
Sem saber mais o que fazer, o homem tenta usar de psicologia:
- Hummm... Acho que a outra tava melhor...
Não funciona. A mulher simplesmente passa para a próxima roupa da pilha, experimenta, ajusta, olha no espelho e pergunta pro marido de novo, e ignora a resposta, e passa para outra roupa, e assim por diante, até esgotar tanto a pilha de roupas quanto a paciência dele.
Finalmente, ela se decide por uma roupa em especial - geralmente nenhuma das que o marido aprovou. Daí passa para a etapa dos sapatos. Pega um par, experimenta, olha no espelho, pergunta pro marido:
- Será que este sapato combina? Ou será que o sapatinho dourado é melhor?
Desanimado, 30 minutos atrasado para a festa, e já operando no piloto automático, o homem resmunga, sem nenhuma esperança:
- Tá perfeito... Vamos embora?
Claro que o suplício está longe de terminar. A mulher vai experimentar outro sapato, olhar, mexer, resmungar, achar defeito, consultar o marido, ignorar a resposta etc. Em algum ponto do processo, o marido começa a cochilar. Ela enfim se dá por satisfeita com um sapato que ele nem viu, e aí passa para a etapa da maquiagem. Como homem não entende nada disso, e também está dormindo, ela conclui sua maquiagem em menos de uma hora sem consultá-lo.
Depois de mais algumas etapas (cabelos, perfumes, jóias, bolsa etc.), finalmente a mulher fica pronta para a festa. Ela então olha para o marido, cochilando de boca aberta e ainda sem paletó nem gravata, e fica revoltada:
- Acorda, Arnoldo! Assim não dá! Eu já tô pronta há horas e você aí, cochilando...
- Ahn??
- Nem a gravata pôs ainda! E o paletó? Ah, não! Onde você pensa que vai com estes sapatos horrorosos?
- Mas...
- E esta camisa? Você já foi na festa do ano passado com ela. Pode tirar! Põe aquela nova, azulzinha.
- Mas...
- Ou então troca este terno. Põe aquele outro, o preto. Ai, meu Deus do céu, olha a hora! Assim não dá! Por isso que a gente sempre chega por último! Não dá, Arnoldo! Eu não vou mais... não vou mesmo!
- Tá bom, então vou tirar...
- Como assim? Agora que eu me arrumei toda? Nem pensar! Veste logo o terno preto e vamos embora, senão eu não vou mais prá lugar nenhum!
Mas existe uma ocasião em particular em que esta mania atinge seu ápice: é quando a mulher sofre os efeitos da Síndrome Pré-Festa feminina. A coisa começa quando um casal vai se arrumar para uma festa. O homem em poucos minutos se veste, deixando só os detalhes mais incômodos para a hora da saída, como gravata e paletó. Enquanto isso, a mulher começa a manifestar os primeiros sintomas da Síndrome. Primeiro, ela escancara as portas de todos os armários que ocupa na casa - geralmente todas as divisões menos a mais estreita, onde o homem guarda as suas roupas, gravatas, cintos e sapatos. Ela então olha para a montanha de roupas à sua frente e se desespera:
- E agora? O que eu vou vestir? Não tenho roupa nenhuma!
Depois de alguns minutos de reclamações sobre a falta de roupas, ela acaba escolhendo umas cinco ou seis alternativas na montanha de roupas inexistentes.
Ela veste a primeira roupa, se olha no espelho, mexe daqui, mexe dali, experimenta alguns complementos, e pergunta pro marido:
- Arnoldo, o que você acha? Tô bem com esta roupa?
O homem, preocupado com a hora, responde:
- Ficou ótima! Vamos que já está na hora.
A mulher então ignora tudo o que o marido disse, tira aquela roupa e veste outra. Mexe daqui, mexe dali, se olha no espelho, e pergunta de novo:
- E esta? Ficou boa?
O homem, mais preocupado ainda, responde:
- Tá ótima! Melhor que a primeira! Vamos indo!
Claro que a mulher não vai se satisfazer nem dar bola para o opinião do coitado. Tira a roupa, experimenta a próxima, mexe, remexe, olha no espelho, e pergunta de novo:
- E esta? Será que tá combinando?
O homem, já à beira do desespero, responde:
- Perfeita! Se melhorar estraga! É a melhor de todas! Vamos embora!
Ledo engano! A mulher passa para a próxima roupa, veste, mexe daqui e dali, olha no espelho, e torna a perguntar:
- E agora? Fiquei bem?
Sem saber mais o que fazer, o homem tenta usar de psicologia:
- Hummm... Acho que a outra tava melhor...
Não funciona. A mulher simplesmente passa para a próxima roupa da pilha, experimenta, ajusta, olha no espelho e pergunta pro marido de novo, e ignora a resposta, e passa para outra roupa, e assim por diante, até esgotar tanto a pilha de roupas quanto a paciência dele.
Finalmente, ela se decide por uma roupa em especial - geralmente nenhuma das que o marido aprovou. Daí passa para a etapa dos sapatos. Pega um par, experimenta, olha no espelho, pergunta pro marido:
- Será que este sapato combina? Ou será que o sapatinho dourado é melhor?
Desanimado, 30 minutos atrasado para a festa, e já operando no piloto automático, o homem resmunga, sem nenhuma esperança:
- Tá perfeito... Vamos embora?
Claro que o suplício está longe de terminar. A mulher vai experimentar outro sapato, olhar, mexer, resmungar, achar defeito, consultar o marido, ignorar a resposta etc. Em algum ponto do processo, o marido começa a cochilar. Ela enfim se dá por satisfeita com um sapato que ele nem viu, e aí passa para a etapa da maquiagem. Como homem não entende nada disso, e também está dormindo, ela conclui sua maquiagem em menos de uma hora sem consultá-lo.
Depois de mais algumas etapas (cabelos, perfumes, jóias, bolsa etc.), finalmente a mulher fica pronta para a festa. Ela então olha para o marido, cochilando de boca aberta e ainda sem paletó nem gravata, e fica revoltada:
- Acorda, Arnoldo! Assim não dá! Eu já tô pronta há horas e você aí, cochilando...
- Ahn??
- Nem a gravata pôs ainda! E o paletó? Ah, não! Onde você pensa que vai com estes sapatos horrorosos?
- Mas...
- E esta camisa? Você já foi na festa do ano passado com ela. Pode tirar! Põe aquela nova, azulzinha.
- Mas...
- Ou então troca este terno. Põe aquele outro, o preto. Ai, meu Deus do céu, olha a hora! Assim não dá! Por isso que a gente sempre chega por último! Não dá, Arnoldo! Eu não vou mais... não vou mesmo!
- Tá bom, então vou tirar...
- Como assim? Agora que eu me arrumei toda? Nem pensar! Veste logo o terno preto e vamos embora, senão eu não vou mais prá lugar nenhum!
Porque homem não acha homem bonito
Os homens juram que não acham outros homens bonitos, mas as mulheres não acreditam e dizem que é machismo puro. Afinal, homem acha ou não acha homem bonito? Ou acha mas não admite?
Na verdade, o homem típico tem uma aversão estomacal a dizer que outro homem é bonito. Em parte isto se deve ao fato de que os homens associam sempre um sentido sexual ao bonito. Quando um homem diz que uma mulher é bonita, ele invariavelmente quer dizer que ela é gostosa, sexy, apetitosa e outras coisas mais. Dentro desta lógica, soa incrivelmente gay para um homem dizer que fulano ou sicrano é bonito. Não se trata portanto de machismo, mas sim de não-bichismo! Por isso, um homem típico pode até achar outro bonito, mas não consegue pronunciar o adjetivo - a palavra enrosca, engasga, não sai de jeito nenhum. Ele então acaba fazendo pose de macho casual e falando com voz mais grossa (pra ninguém pensar que ele é gay) absurdos do tipo:
- É, o Zé até que é um cara bem apanhado!
Ou então:
- Ah, o Zé é um cara ajeitado, um tipão.
Ou pior ainda:
- O Zé é um sujeito bem pintoso.
Pintoso?! Isso sim soa gay, não? Mais esquisitos ainda são os termos que os homens usam para elogiar os físicos dos outros nas academias:
- É, o Zé tá ficando trincadão, todo definido!
- Pois é, ele tá com o maior shape!
Quem não é do meio fica achando esse papo irremediavelmente gay, imaginando que parte do corpo seria esse tal de shape!
Mas acima da aversão natural que o homem tem em dizer que outro é bonito, está a absoluta inutilidade disso. Acontece que - como ocorre entre as mulheres - homem não entende nada de homem! Quando um homem acha outro bonito, ele na verdade está admirando certas características físicas do cara - altura, beleza do rosto, musculatura, o tal do shape, seja lá isso o que for, etc. Como não entende nada de homem, muitas vezes o cara que ele acha bonito é simplesmente considerado ridículo pelo público feminino! Pernas finas, bunda seca, coisas que as mulheres não gostam, nem são percebidas pelo homem típico (em outros homens, é claro).
Para piorar, os homens não podem contar com informações privilegiadas, ao contrário das mulheres. Elas descobrem quando uma mulher é atraente para os homens simplesmente observando as reações deles. Como o homem típico é terrivelmente bandeiroso, o idiota não consegue disfarçar quando passa uma mulher atraente e fica secando com a maior cara de tarado - mesmo que vá levar beliscões, tapas e xingamentos diversos da sua parceira. Já as mulheres só dão bandeira quando querem, sendo em geral absolutamente discretas. Quando vêem um espécime masculino interessante, elas ficam secando o sortudo enquanto ele não está olhando, e disfarçam incrivelmente rápido quando ele olha de volta. São tão eficientes que normalmente os homens não tem a menor chance de flagrá-las observando, o que mantém nossa capacidade de identificar um homem bonito próxima de zero.
Mas uma coisa homens e mulheres tem em comum. Quando percebem o interesse do sexo oposto em alguém, passam a falar mal dele (ou dela) no mesmo instante. Para as mulheres, uma fêmea interessante (para os homens) vira na hora vagabunda, sem-vergonha, oferecida e outras coisas mais. Para os homens, dotados de menos imaginação, qualquer macho considerado atraente pelas mulheres vira gay - não importando se ele está com a maior gata do lado (com certeza deve ser só pra disfarçar).
No fim das contas, acho que as mulheres não devem reclamar dos seus homens brucutus-que-não-acham-homem-bonito. Pense bem, mulher, se seu parceiro resolver dar uma de moderninho - porção mulher, sensibilidade feminina, estas viadagens - e começar a admirar a beleza masculina:
- Ah, o Roberto é mesmo um homem muito bonito!
Vai que ele começa a se entusiasmar:
- Nossa, o David está lindo!
Pode acabar pegando gosto pela coisa:
- Menina, este Paulão é um gato!
Seria bem pior, não? No lugar de poder beliscá-lo quando ele ficasse babando pelas vagabundas por aí, você iria ficar preocupada se ele estaria admirando o shape dos outros marmanjos (seja lá isso o que for)!
Na verdade, o homem típico tem uma aversão estomacal a dizer que outro homem é bonito. Em parte isto se deve ao fato de que os homens associam sempre um sentido sexual ao bonito. Quando um homem diz que uma mulher é bonita, ele invariavelmente quer dizer que ela é gostosa, sexy, apetitosa e outras coisas mais. Dentro desta lógica, soa incrivelmente gay para um homem dizer que fulano ou sicrano é bonito. Não se trata portanto de machismo, mas sim de não-bichismo! Por isso, um homem típico pode até achar outro bonito, mas não consegue pronunciar o adjetivo - a palavra enrosca, engasga, não sai de jeito nenhum. Ele então acaba fazendo pose de macho casual e falando com voz mais grossa (pra ninguém pensar que ele é gay) absurdos do tipo:
- É, o Zé até que é um cara bem apanhado!
Ou então:
- Ah, o Zé é um cara ajeitado, um tipão.
Ou pior ainda:
- O Zé é um sujeito bem pintoso.
Pintoso?! Isso sim soa gay, não? Mais esquisitos ainda são os termos que os homens usam para elogiar os físicos dos outros nas academias:
- É, o Zé tá ficando trincadão, todo definido!
- Pois é, ele tá com o maior shape!
Quem não é do meio fica achando esse papo irremediavelmente gay, imaginando que parte do corpo seria esse tal de shape!
Mas acima da aversão natural que o homem tem em dizer que outro é bonito, está a absoluta inutilidade disso. Acontece que - como ocorre entre as mulheres - homem não entende nada de homem! Quando um homem acha outro bonito, ele na verdade está admirando certas características físicas do cara - altura, beleza do rosto, musculatura, o tal do shape, seja lá isso o que for, etc. Como não entende nada de homem, muitas vezes o cara que ele acha bonito é simplesmente considerado ridículo pelo público feminino! Pernas finas, bunda seca, coisas que as mulheres não gostam, nem são percebidas pelo homem típico (em outros homens, é claro).
Para piorar, os homens não podem contar com informações privilegiadas, ao contrário das mulheres. Elas descobrem quando uma mulher é atraente para os homens simplesmente observando as reações deles. Como o homem típico é terrivelmente bandeiroso, o idiota não consegue disfarçar quando passa uma mulher atraente e fica secando com a maior cara de tarado - mesmo que vá levar beliscões, tapas e xingamentos diversos da sua parceira. Já as mulheres só dão bandeira quando querem, sendo em geral absolutamente discretas. Quando vêem um espécime masculino interessante, elas ficam secando o sortudo enquanto ele não está olhando, e disfarçam incrivelmente rápido quando ele olha de volta. São tão eficientes que normalmente os homens não tem a menor chance de flagrá-las observando, o que mantém nossa capacidade de identificar um homem bonito próxima de zero.
Mas uma coisa homens e mulheres tem em comum. Quando percebem o interesse do sexo oposto em alguém, passam a falar mal dele (ou dela) no mesmo instante. Para as mulheres, uma fêmea interessante (para os homens) vira na hora vagabunda, sem-vergonha, oferecida e outras coisas mais. Para os homens, dotados de menos imaginação, qualquer macho considerado atraente pelas mulheres vira gay - não importando se ele está com a maior gata do lado (com certeza deve ser só pra disfarçar).
No fim das contas, acho que as mulheres não devem reclamar dos seus homens brucutus-que-não-acham-homem-bonito. Pense bem, mulher, se seu parceiro resolver dar uma de moderninho - porção mulher, sensibilidade feminina, estas viadagens - e começar a admirar a beleza masculina:
- Ah, o Roberto é mesmo um homem muito bonito!
Vai que ele começa a se entusiasmar:
- Nossa, o David está lindo!
Pode acabar pegando gosto pela coisa:
- Menina, este Paulão é um gato!
Seria bem pior, não? No lugar de poder beliscá-lo quando ele ficasse babando pelas vagabundas por aí, você iria ficar preocupada se ele estaria admirando o shape dos outros marmanjos (seja lá isso o que for)!
13 de março de 2010
Aurélia - Pequeno dicionário de mulherês - vol 1
Nós, homens, pensamos que as mulheres falam a mesma língua que nós. Puro engano! Muitas vezes (muitas mesmo!), as palavras que elas dizem tem significados totalmente diferentes daqueles definidos pelos dicionários convencionais.
Para ajudar os homens nesta difícil tarefa de tradução do mulherês, resolvi criar o Aurélia, o primeiro dicionário mulherês-português do planeta. Vejam a seguir algumas palavras e seus verdadeiros significados:
- Bonita (adj fem): Mulher amiga e sem atrativos do ponto de vista masculino. Se fosse atraente, não seria amiga, e portanto passaria a outra categoria (ver vagabunda).
- Vagabunda (adj fem): Mulher muito atraente do ponto de vista dos homens em geral, especialmente do parceiro da mulher que pronuncia este adjetivo.
- Simpática (adj fem): Mulher amiga e TOTALMENTE sem atrativos tanto do ponto de vista masculino quanto do feminino.
- Sim (adv): Advérbio que pode significar muitas coisas, inclusive sim (ver não, talvez)
- Talvez (adv): Advérbio que pode significar muitas coisas, inclusive talvez (ver sim, não)
- Não (adv): Advérbio que pode significar muitas coisas na boca de uma mulher, inclusive - mas raramente - não (ver sim, talvez).
Descobrir o significado desta classe de advérbios femininos é uma arte. De modo geral, os nãos se dividem em duas categorias, o não-sim e o não seco.
-Exemplo de uso do não-sim: Quando você vai comprar um sorvete e pergunta "Vai um sorvetinho aí?", ela, movida pelo eterno medo de engordar, responde não - mas cuidado, este é um típico caso de não-sim! Quando você voltar com seu único sorvete, ela vai comentar "Ah... trouxe só prá você!?" e, depois de um momento de confusão mental da sua parte ("Mas ela não disse que não queria!?"), ela irá detonar seu sorvete até o palito - aparentemente, sorvete alheio não engorda.
-Como proceder: Nunca aceite o não-sim de cara. Insista de 5 a 10 vezes, e se for algo de comer sempre ignore a resposta e traga um para ela. Não assuma, diga que você vai comer os dois, assim ela pode devorar o seu-dela sem acrescentar nenhuma grama de peso na consciência.
-Exemplo de uso do não seco: se ela está com cara de TPM e você pergunta "Algum problema, amor?", a resposta será um "NÃO" seco como o agreste cearense, significando "Claro que sim, idiota!".
-Como proceder: CAIA FORA! FUJA! BATA EM RETIRADA!
Invente uma desculpa de emergência, tipo:
- Meu Deus! Passou da hora de trocar a fralda geriátrica da minha avó! Amor, vou cuidar da pobre velhinha e volto assim que eu puder!
e queime a pista! Nunca, jamais, em hipótese alguma insista contra um não seco! Ele sempre quer dizer encrenca da grossa: discutir relação, TPM em busca de vítima, reclamações de mancadas pré-históricas suas, nada de bom pode resultar de um não seco. Caia fora enquanto pode!
Bem, este foi um pequeno exemplo do farto material que compõe o Aurélia. Aguardem, em outros artigos futuros voltaremos abordando novos tópicos desta interessante língua que é o mulherês.
Para ajudar os homens nesta difícil tarefa de tradução do mulherês, resolvi criar o Aurélia, o primeiro dicionário mulherês-português do planeta. Vejam a seguir algumas palavras e seus verdadeiros significados:
- Bonita (adj fem): Mulher amiga e sem atrativos do ponto de vista masculino. Se fosse atraente, não seria amiga, e portanto passaria a outra categoria (ver vagabunda).
- Vagabunda (adj fem): Mulher muito atraente do ponto de vista dos homens em geral, especialmente do parceiro da mulher que pronuncia este adjetivo.
- Simpática (adj fem): Mulher amiga e TOTALMENTE sem atrativos tanto do ponto de vista masculino quanto do feminino.
- Sim (adv): Advérbio que pode significar muitas coisas, inclusive sim (ver não, talvez)
- Talvez (adv): Advérbio que pode significar muitas coisas, inclusive talvez (ver sim, não)
- Não (adv): Advérbio que pode significar muitas coisas na boca de uma mulher, inclusive - mas raramente - não (ver sim, talvez).
Descobrir o significado desta classe de advérbios femininos é uma arte. De modo geral, os nãos se dividem em duas categorias, o não-sim e o não seco.
-Exemplo de uso do não-sim: Quando você vai comprar um sorvete e pergunta "Vai um sorvetinho aí?", ela, movida pelo eterno medo de engordar, responde não - mas cuidado, este é um típico caso de não-sim! Quando você voltar com seu único sorvete, ela vai comentar "Ah... trouxe só prá você!?" e, depois de um momento de confusão mental da sua parte ("Mas ela não disse que não queria!?"), ela irá detonar seu sorvete até o palito - aparentemente, sorvete alheio não engorda.
-Como proceder: Nunca aceite o não-sim de cara. Insista de 5 a 10 vezes, e se for algo de comer sempre ignore a resposta e traga um para ela. Não assuma, diga que você vai comer os dois, assim ela pode devorar o seu-dela sem acrescentar nenhuma grama de peso na consciência.
-Exemplo de uso do não seco: se ela está com cara de TPM e você pergunta "Algum problema, amor?", a resposta será um "NÃO" seco como o agreste cearense, significando "Claro que sim, idiota!".
-Como proceder: CAIA FORA! FUJA! BATA EM RETIRADA!
Invente uma desculpa de emergência, tipo:
- Meu Deus! Passou da hora de trocar a fralda geriátrica da minha avó! Amor, vou cuidar da pobre velhinha e volto assim que eu puder!
e queime a pista! Nunca, jamais, em hipótese alguma insista contra um não seco! Ele sempre quer dizer encrenca da grossa: discutir relação, TPM em busca de vítima, reclamações de mancadas pré-históricas suas, nada de bom pode resultar de um não seco. Caia fora enquanto pode!
Bem, este foi um pequeno exemplo do farto material que compõe o Aurélia. Aguardem, em outros artigos futuros voltaremos abordando novos tópicos desta interessante língua que é o mulherês.
6 de março de 2010
As mulheres e as datas
Comparadas com os homens, as mulheres parecem ter uma memória de elefante para datas. Enquanto um homem típico mal consegue decorar a própria data de aniversário, uma mulher típica tem na cabeça uma infinidade de datas registradas. Aniversário da mãe, da sogra, do pai, do sogro, dos filhos, dos irmãos, dos cunhados - tudo isso é café pequeno para uma mulher. Além destas, uma mulher típica guarda ainda dezenas de datas importantes (pelo menos para ela): data do casamento, data de início do namoro, data do primeiro beijo, data do primeiro encontro, data da primeira vez em que foram para a cama etc.
Do ponto de vista da mulher, o homem tem a obrigação genética de se lembrar de cada data importante com antecedência, de modo que possa comprar flores ou presentes adequados para ela. Na prática, com sua reduzida e volátil memória, o homem só percebe que FOI uma data importante quando já é tarde demais, pela cara de "você esqueceu que dia é hoje!?" da mulher.
Se isso lhe acontecer, e você tiver a sorte de lembrar qual era a data antes de vestir o pijama, uma saída honrosa é chegar para a mulher e dizer:
- Ahá! Pensou que eu tinha esquecido da nossa data, hem? Mas não esqueci não: eu planejei comemorar na suíte Presidencial Plus Vip do motel Le Sacanàge!
Ela vai olhar com uma cara desconfiada, mas você tem de ser firme e cara-de-pau:
- Pôxa! Já não chega meu chefe ter me segurado o dia todo e eu não ter podido comprar nenhum presente prá você, ainda vamos passar esta data em branco? Nada disso! Comemoração já!
Só que este truque tem que ser usado muito espaçadamente. Não se esqueça do assunto deste artigo: mulheres tem memória elefantina para datas! Se for tentado outra vez em menos de um ano, ou na mesma data do ano seguinte, sua máscara vai cair (e a casa também).
Às vezes não tem jeito, e só percebemos que esquecemos alguma data depois de dias de bico e cara fechada, quando finalmente ela resolve nos cobrar:
- É, terça-feira foi aniversário de nosso primeiro abraço, e você nem lembrou... Isso é que é amor!
A saída é lustrar bem a cara-de-pau e defender sua inocência:
- Como, terça-feira? O aniversário vai ser amanhã! Eu me lembro muito bem!
Por incrível que pareça, uma afirmação dessas feita com ênfase consegue instalar a dúvida na cabeça dela. Enquanto ela fica meio perdida tentando achar argumentos em favor da data certa, ataque rápidamente usando o truque do ex-namorado:
- Ah, já sei! Aposto que você confundiu com a data do primeiro abraço do Rafinha, aquele safado do seu ex. Eu sabia que você não tinha esquecido dele...
O complexo de culpa feminino vai tomar conta da cabeça dela, e ela vai esquecer da sua falha enquanto tenta mostrar que já esqueceu o tal Rafinha e que gosta mesmo é de você.
Para nossa sorte, os projetistas de celulares (que, óbvio, são homens na sua maioria) criaram para esta finalidade uma maravilha tecnológica capaz de suplantar até a memória feminina: o calendário do celular. Disponível até nos aparelhos mais vagabundos, o calendário é capaz de avisá-lo com antecedência de qualquer data importante. Infelizmente, as datas tem de ser programadas nele, e isso os projetistas não conseguiram resolver.
Mas a solução é simples: vá direto à fonte! Não precisa de tecnologia de ponta nenhuma, só a boa e velha lábia. Tente coisas como:
- Amor, esta música me lembra nosso primeiro beijo... quanto tempo! Aposto que você nem se lembra mais da data!
Ferida nos brios, a mulher vai responder rapidamente:
- 26 de agosto de 2004, 20h35, na festa de aniversário da Claudinha!
- Ah, esta é minha garota! Com a resposta na ponta da língua! E por falar em língua...
Tasque um longo beijo nela, enquanto discretamente usa uma das mãos para anotar a data no seu celular (não confie na memória masculina, ela não vale nada).
Aproveite o embalo:
- Mas e a data da nossa primeira vez? Aposto que desta você não se lembra!
- 29 de setembro de 2004, 23h40, suite 21 do Motel Le Sacanàge! E minha lingerie era vermelha!
Mas esteja preparado, porque ela pode se animar e virar o jogo contra você:
- Mas só eu que respondo? Agora é sua vez! Em que data foi nossa primeira briga?
Nada de pânico! Mantenha-se calmo e lúcido. Ganhe algum tempo:
- Pôxa! Esta é difícil! Peraí...
Use este tempo para inventar uma data coerente - nada de 31 de fevereiro ou datas anteriores ao início do namoro! Escolhida a data, minta descaradamente:
- 14 de novembro de 2004!
Claro que você vai errar:
- O que? Ficou maluco? Foi em 2 de outubro!
Mantenha-se calmo, tente anotar a data certa no seu celular sem dar na vista e prossiga na mentira:
- Ah, mas essa não foi briga, foi só uma rusguinha! A que marcou mesmo foi essa outra... (não repita a data, pois memória de homem não vale nada e você pode cair em contradição). Fiquei tão chateado na época... Mas deixa prá lá, o que importa são os momentos felizes!
Enquanto ela tenta lembrar que raio de briga foi essa de 14 de novembro, use a velha tática de meter uma desafeta dela no meio como cortina de fumaça:
- Ainda bem que você não é como a Marcinha. Aquela sim só vive brigando com o infeliz do Ronaldo! Aquilo não é vida! Tenho até pena do coitado!
Novamente, a possibilidade de falar mal dos outros vai tirá-la do seu rastro e salvar a sua pele.
Infelizmente para nós, homens, a memória das mulheres não se restringe só às datas. A maior parte da incrível memória feminina é reservada para registrar coisa muito pior: nossas mancadas! Não importa o quanto um homem seja perfeito, em algum momento ele vai cometer um deslize - pular uma data, esquecer algum presente, deixar ela esperando mais que 5 minutos, não importa: esta falha será gravada a ferro e fogo na memória dela, e em toda discussão que houver no resto de suas vidas ela vai sacá-la do fundo do baú e jogar na cara do coitado:
- Ah, mas eu sabia que só podia dar nisso mesmo! Quando você esqueceu do adoçante no meu cafézinho em 22 de junho de 2006, eu vi que você não me amava de verdade!
Para nosso azar, nem toda a tecnologia do mundo conseguiu até o momento uma solução para este tipo de coisa - exceto aquele flash desmemorizador do Will Smith em MIB; mas não se anime, não está à venda ainda - portanto relaxe e aguente!
Do ponto de vista da mulher, o homem tem a obrigação genética de se lembrar de cada data importante com antecedência, de modo que possa comprar flores ou presentes adequados para ela. Na prática, com sua reduzida e volátil memória, o homem só percebe que FOI uma data importante quando já é tarde demais, pela cara de "você esqueceu que dia é hoje!?" da mulher.
Se isso lhe acontecer, e você tiver a sorte de lembrar qual era a data antes de vestir o pijama, uma saída honrosa é chegar para a mulher e dizer:
- Ahá! Pensou que eu tinha esquecido da nossa data, hem? Mas não esqueci não: eu planejei comemorar na suíte Presidencial Plus Vip do motel Le Sacanàge!
Ela vai olhar com uma cara desconfiada, mas você tem de ser firme e cara-de-pau:
- Pôxa! Já não chega meu chefe ter me segurado o dia todo e eu não ter podido comprar nenhum presente prá você, ainda vamos passar esta data em branco? Nada disso! Comemoração já!
Só que este truque tem que ser usado muito espaçadamente. Não se esqueça do assunto deste artigo: mulheres tem memória elefantina para datas! Se for tentado outra vez em menos de um ano, ou na mesma data do ano seguinte, sua máscara vai cair (e a casa também).
Às vezes não tem jeito, e só percebemos que esquecemos alguma data depois de dias de bico e cara fechada, quando finalmente ela resolve nos cobrar:
- É, terça-feira foi aniversário de nosso primeiro abraço, e você nem lembrou... Isso é que é amor!
A saída é lustrar bem a cara-de-pau e defender sua inocência:
- Como, terça-feira? O aniversário vai ser amanhã! Eu me lembro muito bem!
Por incrível que pareça, uma afirmação dessas feita com ênfase consegue instalar a dúvida na cabeça dela. Enquanto ela fica meio perdida tentando achar argumentos em favor da data certa, ataque rápidamente usando o truque do ex-namorado:
- Ah, já sei! Aposto que você confundiu com a data do primeiro abraço do Rafinha, aquele safado do seu ex. Eu sabia que você não tinha esquecido dele...
O complexo de culpa feminino vai tomar conta da cabeça dela, e ela vai esquecer da sua falha enquanto tenta mostrar que já esqueceu o tal Rafinha e que gosta mesmo é de você.
Para nossa sorte, os projetistas de celulares (que, óbvio, são homens na sua maioria) criaram para esta finalidade uma maravilha tecnológica capaz de suplantar até a memória feminina: o calendário do celular. Disponível até nos aparelhos mais vagabundos, o calendário é capaz de avisá-lo com antecedência de qualquer data importante. Infelizmente, as datas tem de ser programadas nele, e isso os projetistas não conseguiram resolver.
Mas a solução é simples: vá direto à fonte! Não precisa de tecnologia de ponta nenhuma, só a boa e velha lábia. Tente coisas como:
- Amor, esta música me lembra nosso primeiro beijo... quanto tempo! Aposto que você nem se lembra mais da data!
Ferida nos brios, a mulher vai responder rapidamente:
- 26 de agosto de 2004, 20h35, na festa de aniversário da Claudinha!
- Ah, esta é minha garota! Com a resposta na ponta da língua! E por falar em língua...
Tasque um longo beijo nela, enquanto discretamente usa uma das mãos para anotar a data no seu celular (não confie na memória masculina, ela não vale nada).
Aproveite o embalo:
- Mas e a data da nossa primeira vez? Aposto que desta você não se lembra!
- 29 de setembro de 2004, 23h40, suite 21 do Motel Le Sacanàge! E minha lingerie era vermelha!
Mas esteja preparado, porque ela pode se animar e virar o jogo contra você:
- Mas só eu que respondo? Agora é sua vez! Em que data foi nossa primeira briga?
Nada de pânico! Mantenha-se calmo e lúcido. Ganhe algum tempo:
- Pôxa! Esta é difícil! Peraí...
Use este tempo para inventar uma data coerente - nada de 31 de fevereiro ou datas anteriores ao início do namoro! Escolhida a data, minta descaradamente:
- 14 de novembro de 2004!
Claro que você vai errar:
- O que? Ficou maluco? Foi em 2 de outubro!
Mantenha-se calmo, tente anotar a data certa no seu celular sem dar na vista e prossiga na mentira:
- Ah, mas essa não foi briga, foi só uma rusguinha! A que marcou mesmo foi essa outra... (não repita a data, pois memória de homem não vale nada e você pode cair em contradição). Fiquei tão chateado na época... Mas deixa prá lá, o que importa são os momentos felizes!
Enquanto ela tenta lembrar que raio de briga foi essa de 14 de novembro, use a velha tática de meter uma desafeta dela no meio como cortina de fumaça:
- Ainda bem que você não é como a Marcinha. Aquela sim só vive brigando com o infeliz do Ronaldo! Aquilo não é vida! Tenho até pena do coitado!
Novamente, a possibilidade de falar mal dos outros vai tirá-la do seu rastro e salvar a sua pele.
Infelizmente para nós, homens, a memória das mulheres não se restringe só às datas. A maior parte da incrível memória feminina é reservada para registrar coisa muito pior: nossas mancadas! Não importa o quanto um homem seja perfeito, em algum momento ele vai cometer um deslize - pular uma data, esquecer algum presente, deixar ela esperando mais que 5 minutos, não importa: esta falha será gravada a ferro e fogo na memória dela, e em toda discussão que houver no resto de suas vidas ela vai sacá-la do fundo do baú e jogar na cara do coitado:
- Ah, mas eu sabia que só podia dar nisso mesmo! Quando você esqueceu do adoçante no meu cafézinho em 22 de junho de 2006, eu vi que você não me amava de verdade!
Para nosso azar, nem toda a tecnologia do mundo conseguiu até o momento uma solução para este tipo de coisa - exceto aquele flash desmemorizador do Will Smith em MIB; mas não se anime, não está à venda ainda - portanto relaxe e aguente!
Tamanho é documento?
Tamanho é documento? A resposta para esta questão fundamental da humanidade (pelo menos da metade masculina dela) é SIM - tamanho é documento, sim!
Mas não se desesperem, porque o tamanho não é documento obrigatório, como CPF ou RG. Na verdade, o tamanho como documento está mais para aquelas carteirinhas das antigas videolocadoras de bairro: se tiver, pode facilitar o processo, mas se não tiver vai assim mesmo. Muito mais importante é o cara ser um cliente legal, simpático, que trate bem as mocinhas da locadora - de que adianta ter um carteirão deste tamanho se o cliente for um insuportável chato de galochas?
Ah, e o mais importante: não pode ficar devendo! Tem que estar sempre com as contas em dia, nada de se divertir e deixar a locadora no prejuízo!
Mas qual é afinal o tamanho ideal? Aparentemente, as principais interessadas não ligam tanto para isso: embora tamanhos maiores (sem exagero) sejam apreciados, outros fatores são bem mais importantes e compensam com folga alguns centímetros a mais ou a menos em torno da média. Mas do ponto de vista masculino - pelo menos do dono - quanto maior, melhor. Não importa se vai dificultar a transa com a namorada, nada supera o prazer infinito de ficar andando nú pelo vestiário dos homens para humilhar os amigos menos dotados. Segundo estatísticas, o tempo que um homem leva para por a roupa em um vestiário masculino é proporcional ao quadrado do tamanho do seu joystick - ou seja, os caras bem dotados adoram ficar pelados no vestiário pelo maior tempo possível. Quem tem o azar de frequentar vestiários masculinos - os homens em geral - sabe que sempre tem uma meia dúzia de caras com penduricalhos enormes passeando de um lado para outro, sem pressa nenhuma de se vestir, e puxando papo furado para enrolar:
- E aí, viu o jogo? O XV de Quixeramobim deu um couro danado no Atlético de Pindonga do Norte!
Enquanto isso, os menos dotados se vestem com a velocidade de um coelho assustado, e tratam de cair fora deste teatro de horrores o mais rápido possível.
Mas este negócio de tamanho é às vezes contraditório. Porque - por exemplo - os atores de filmes pornô sempre são muito bem dotados? A probabilidade do homem que está assistindo o filme ter um pênis maior ou igual ao do ator do filme é quase zero. E se estiver em um motel com a namorada, e ela começar a comparar as coisas? A moça olha prá tela, olha pro bilau dele... e está feita a desgraça! Mesmo que ela não diga nada, a autoconfiança do coitado estará derrubada, e nada neste mundo será capaz de levantá-la novamente (nem levantar outras coisas). Só vai restar ao infeliz tentar alguma saída honrosa:
- Puxa! Já são onze horas! Como o tempo passa quando a gente se diverte! Amor, eu adoraria engatar uma segunda, mas acabei de me lembrar que minha avó precisa trocar o cilindro de oxigênio dela! Espero que ainda dê tempo!
E em seguida engatar uma ré e bater em retirada com o orgulho ferido, mas sem provas cabais de sua provável ex-futura-broxada.
Fica aqui portanto uma dica importante para os diretores de filmes pornô: no lugar de inventar novidades cada vez mais nojentas e broxantes para diferenciar seus filmes dos outros, escolham atores com pênis ridiculamente pequenos! Garanto que os filmes que fizerem isso serão os mais pedidos pelos homens em geral, especialmente nos motéis!
Mas não se desesperem, porque o tamanho não é documento obrigatório, como CPF ou RG. Na verdade, o tamanho como documento está mais para aquelas carteirinhas das antigas videolocadoras de bairro: se tiver, pode facilitar o processo, mas se não tiver vai assim mesmo. Muito mais importante é o cara ser um cliente legal, simpático, que trate bem as mocinhas da locadora - de que adianta ter um carteirão deste tamanho se o cliente for um insuportável chato de galochas?
Ah, e o mais importante: não pode ficar devendo! Tem que estar sempre com as contas em dia, nada de se divertir e deixar a locadora no prejuízo!
Mas qual é afinal o tamanho ideal? Aparentemente, as principais interessadas não ligam tanto para isso: embora tamanhos maiores (sem exagero) sejam apreciados, outros fatores são bem mais importantes e compensam com folga alguns centímetros a mais ou a menos em torno da média. Mas do ponto de vista masculino - pelo menos do dono - quanto maior, melhor. Não importa se vai dificultar a transa com a namorada, nada supera o prazer infinito de ficar andando nú pelo vestiário dos homens para humilhar os amigos menos dotados. Segundo estatísticas, o tempo que um homem leva para por a roupa em um vestiário masculino é proporcional ao quadrado do tamanho do seu joystick - ou seja, os caras bem dotados adoram ficar pelados no vestiário pelo maior tempo possível. Quem tem o azar de frequentar vestiários masculinos - os homens em geral - sabe que sempre tem uma meia dúzia de caras com penduricalhos enormes passeando de um lado para outro, sem pressa nenhuma de se vestir, e puxando papo furado para enrolar:
- E aí, viu o jogo? O XV de Quixeramobim deu um couro danado no Atlético de Pindonga do Norte!
Enquanto isso, os menos dotados se vestem com a velocidade de um coelho assustado, e tratam de cair fora deste teatro de horrores o mais rápido possível.
Mas este negócio de tamanho é às vezes contraditório. Porque - por exemplo - os atores de filmes pornô sempre são muito bem dotados? A probabilidade do homem que está assistindo o filme ter um pênis maior ou igual ao do ator do filme é quase zero. E se estiver em um motel com a namorada, e ela começar a comparar as coisas? A moça olha prá tela, olha pro bilau dele... e está feita a desgraça! Mesmo que ela não diga nada, a autoconfiança do coitado estará derrubada, e nada neste mundo será capaz de levantá-la novamente (nem levantar outras coisas). Só vai restar ao infeliz tentar alguma saída honrosa:
- Puxa! Já são onze horas! Como o tempo passa quando a gente se diverte! Amor, eu adoraria engatar uma segunda, mas acabei de me lembrar que minha avó precisa trocar o cilindro de oxigênio dela! Espero que ainda dê tempo!
E em seguida engatar uma ré e bater em retirada com o orgulho ferido, mas sem provas cabais de sua provável ex-futura-broxada.
Fica aqui portanto uma dica importante para os diretores de filmes pornô: no lugar de inventar novidades cada vez mais nojentas e broxantes para diferenciar seus filmes dos outros, escolham atores com pênis ridiculamente pequenos! Garanto que os filmes que fizerem isso serão os mais pedidos pelos homens em geral, especialmente nos motéis!
Porque os homens mentem para as mulheres
Segundo as mulheres, todos os homens são uns mentirosos - e elas estão certíssimas! Nós de fato mentimos para as mulheres, e muito. O detalhe é que as próprias mulheres são a causa de sermos tão mentirosos!
Tanto homens quanto mulheres mentem por diversos motivos: contar vantagem, fugir de responsabilidades, etc. Com as mulheres, porém, os homens tem um poderoso motivo adicional: elas querem que eles mintam!
Quando uma mulher faz certo tipo de pergunta a um homem, a única resposta aceitável é aquela que ela quer ouvir - a verdade é apenas um detalhe irrelevante, totalmente inadequado.
Quando uma mulher faz, por exemplo, a terrível pergunta:
- Será que eu engordei?
um homem despreparado pode responder asneiras como:
- Acho que não.
Este Acho é um erro fatal: a mulher o interpreta como uns 3kg pelo menos.
Pior ainda seria:
- Só uns quilinhos.
Esta resposta, então, vale uns 10kg no mínimo! E não vai adiantar nada tentar consertar:
- Mas você fica muito mais gostosa assim!
O estrago já foi feito: a semente da dúvida má foi lançada, e nada que o infeliz faça vai mudar a situação - a não ser que sabote a balança dela para dar uns quilos a menos (isso funciona, mas é tecnicamente difícil de fazer).
Por este motivo, um homem treinado sempre vai mentir descaradamente quando necessário:
- Claro que não! Tô achando é que você tá magra demais… Olha que eu não gosto de mulher anoréxica!
Ela não vai acreditar totalmente, é claro, mas aí o homem já lançou a semente da dúvida boa na cabeça dela. Será muito mais fácil fugir do assunto - e uma boa tática para isso é jogar o peso (literalmente) sobre alguma desafeta dela:
- A Marcinha sim, essa engordou que parece uma baleia! Se for à praia, vai ficar encalhada! E se não encalhar, o Ibama não deixa ela voltar prá casa!
Mulheres adoram assuntos maldosos, portanto é provável que este consiga alterar o rumo da conversa o suficiente para o homem escapar ileso.
Mas a vida seria muito fácil se tivéssemos de mentir só a respeito do peso. Na prática, qualquer pergunta feminina, mesmo um inocente “Que dia é hoje?” pode conter uma armadilha fatal - pode ser por exemplo um teste para ver se ele está se lembrando de alguma data “importante” que cai naquele dia ou nos próximos (data importante: aniversário de qualquer coisa - pessoa, animal, vegetal, mineral ou acontecimento irrelevante para o homem).
Com a experiência, os homens acabam desenvolvendo o perigômetro, uma espécie de sexto sentido que os alerta quando a mulher faz alguma pergunta capciosa (mas este é assunto para outro artigo).
Infelizmente, só saber que se está diante de uma armadilha não resolve o problema: o homem tem ainda de descobrir qual é a resposta certa! Isso sim é difícil: adivinhar em questão de segundos o que a mulher espera que o homem diga é tarefa para mestres.
A saída é experimentar, errar, corrigir os erros e seguir em frente - e ler sempre os artigos do Dr. Aldo, onde homens e mulheres podem aprender muito sobre os mistérios femininos.
Tanto homens quanto mulheres mentem por diversos motivos: contar vantagem, fugir de responsabilidades, etc. Com as mulheres, porém, os homens tem um poderoso motivo adicional: elas querem que eles mintam!
Quando uma mulher faz certo tipo de pergunta a um homem, a única resposta aceitável é aquela que ela quer ouvir - a verdade é apenas um detalhe irrelevante, totalmente inadequado.
Quando uma mulher faz, por exemplo, a terrível pergunta:
- Será que eu engordei?
um homem despreparado pode responder asneiras como:
- Acho que não.
Este Acho é um erro fatal: a mulher o interpreta como uns 3kg pelo menos.
Pior ainda seria:
- Só uns quilinhos.
Esta resposta, então, vale uns 10kg no mínimo! E não vai adiantar nada tentar consertar:
- Mas você fica muito mais gostosa assim!
O estrago já foi feito: a semente da dúvida má foi lançada, e nada que o infeliz faça vai mudar a situação - a não ser que sabote a balança dela para dar uns quilos a menos (isso funciona, mas é tecnicamente difícil de fazer).
Por este motivo, um homem treinado sempre vai mentir descaradamente quando necessário:
- Claro que não! Tô achando é que você tá magra demais… Olha que eu não gosto de mulher anoréxica!
Ela não vai acreditar totalmente, é claro, mas aí o homem já lançou a semente da dúvida boa na cabeça dela. Será muito mais fácil fugir do assunto - e uma boa tática para isso é jogar o peso (literalmente) sobre alguma desafeta dela:
- A Marcinha sim, essa engordou que parece uma baleia! Se for à praia, vai ficar encalhada! E se não encalhar, o Ibama não deixa ela voltar prá casa!
Mulheres adoram assuntos maldosos, portanto é provável que este consiga alterar o rumo da conversa o suficiente para o homem escapar ileso.
Mas a vida seria muito fácil se tivéssemos de mentir só a respeito do peso. Na prática, qualquer pergunta feminina, mesmo um inocente “Que dia é hoje?” pode conter uma armadilha fatal - pode ser por exemplo um teste para ver se ele está se lembrando de alguma data “importante” que cai naquele dia ou nos próximos (data importante: aniversário de qualquer coisa - pessoa, animal, vegetal, mineral ou acontecimento irrelevante para o homem).
Com a experiência, os homens acabam desenvolvendo o perigômetro, uma espécie de sexto sentido que os alerta quando a mulher faz alguma pergunta capciosa (mas este é assunto para outro artigo).
Infelizmente, só saber que se está diante de uma armadilha não resolve o problema: o homem tem ainda de descobrir qual é a resposta certa! Isso sim é difícil: adivinhar em questão de segundos o que a mulher espera que o homem diga é tarefa para mestres.
A saída é experimentar, errar, corrigir os erros e seguir em frente - e ler sempre os artigos do Dr. Aldo, onde homens e mulheres podem aprender muito sobre os mistérios femininos.
Mulher não entende nada de mulher
Homens, fiquem espertos quando estiverem peruando conversas femininas: mulher não entende nada de mulher.
Quando uma mulher comenta com outra coisas do tipo:
- Ai, eu acho a Mariana tão bonita!
e a outra ainda responde:
- É mesmo! Que corpo… e aquela pele! Que cor ela tem!
um homem inexperiente já começa a viajar imaginando uma morena linda, cor de jambo e com um corpo tipo Juliana Paes ou Ellen Roche.
Ledo engano! Este diálogo está em mulherês, língua complexa que os homens só aprendem a traduzir depois de anos de erros e frustrações. Observem uma análise científica deste pequeno diálogo:
1- Mulheres não suportam mulheres gostosas. Se a mulher 1 está elogiando a Mariana, com certeza ela NÂO é gostosa! Esqueça Juliana Paes e Ellen Roche!
2- Mulheres não suportam mulheres sexy. Por este motivo, pode assumir que a Mariana não é gostosa e também não tem nada de sexy, provocante ou desejável para salvar a pátria.
3- O ideal corpóreo das mulheres é a magreza anoréxica das modelos de passarela. Se a mulher 2 admira o corpo da Mariana, isso quer dizer que ela deve ser magra como uma prisioneira de campo de concentração nazista. Pode sepultar de vez Juliana Paes e Ellen Roche.
4- Mulheres reparam em coisas que nós nem enxergamos. Que homem neste planeta vai admirar a beleza da pele de uma mulher?!?! Só se for gay ou dermatologista (ou um dermatologista gay).
5- Cor de pele bonita. Cor bonita? O que vem a ser uma cor bonita? Supomos que seja um bronzeado natural (as mulheres odeiam o branco-paulista-de-fim-de-inverno). Este item até interessa ao homem, mas geralmente mais pelo contraste que as marcas do biquini deixam nas regiões interessantes.
Mas as mulheres sabem reconhecer - ainda que indiretamente - uma mulher gostosa. Durante anos eu pensei que elas não soubessem, até que uma amiga entregou:
- Claro que nós sabemos quando uma mulher é gostosa! É só observar os homens: quando eles olham para uma mulher com aquelas caras de tarados, ela é gostosa - e nós passamos a falar mal dela na hora!
Aí está a dica: quando uma mulher disser que fulana é uma vagabunda sem-vergonha, aí sim você pode ficar interessado: pode ter certeza que ela é gostosa, sexy, provocante ou tudo isso junto!
Quando uma mulher comenta com outra coisas do tipo:
- Ai, eu acho a Mariana tão bonita!
e a outra ainda responde:
- É mesmo! Que corpo… e aquela pele! Que cor ela tem!
um homem inexperiente já começa a viajar imaginando uma morena linda, cor de jambo e com um corpo tipo Juliana Paes ou Ellen Roche.
Ledo engano! Este diálogo está em mulherês, língua complexa que os homens só aprendem a traduzir depois de anos de erros e frustrações. Observem uma análise científica deste pequeno diálogo:
1- Mulheres não suportam mulheres gostosas. Se a mulher 1 está elogiando a Mariana, com certeza ela NÂO é gostosa! Esqueça Juliana Paes e Ellen Roche!
2- Mulheres não suportam mulheres sexy. Por este motivo, pode assumir que a Mariana não é gostosa e também não tem nada de sexy, provocante ou desejável para salvar a pátria.
3- O ideal corpóreo das mulheres é a magreza anoréxica das modelos de passarela. Se a mulher 2 admira o corpo da Mariana, isso quer dizer que ela deve ser magra como uma prisioneira de campo de concentração nazista. Pode sepultar de vez Juliana Paes e Ellen Roche.
4- Mulheres reparam em coisas que nós nem enxergamos. Que homem neste planeta vai admirar a beleza da pele de uma mulher?!?! Só se for gay ou dermatologista (ou um dermatologista gay).
5- Cor de pele bonita. Cor bonita? O que vem a ser uma cor bonita? Supomos que seja um bronzeado natural (as mulheres odeiam o branco-paulista-de-fim-de-inverno). Este item até interessa ao homem, mas geralmente mais pelo contraste que as marcas do biquini deixam nas regiões interessantes.
Mas as mulheres sabem reconhecer - ainda que indiretamente - uma mulher gostosa. Durante anos eu pensei que elas não soubessem, até que uma amiga entregou:
- Claro que nós sabemos quando uma mulher é gostosa! É só observar os homens: quando eles olham para uma mulher com aquelas caras de tarados, ela é gostosa - e nós passamos a falar mal dela na hora!
Aí está a dica: quando uma mulher disser que fulana é uma vagabunda sem-vergonha, aí sim você pode ficar interessado: pode ter certeza que ela é gostosa, sexy, provocante ou tudo isso junto!
Mulheres gostam de variar em QUASE tudo
A mulher típica é uma ser inquieto. Nada consegue mantê-la contente por muito tempo. Seja lá o que for, ela logo enjoa e quer mudar. Por este motivo, as linhas de produtos femininos são sempre absurdamente variadas. Enquanto um produto masculino conta com duas ou três variações, os produtos femininos tem no mínimo uma dúzia de cada fabricante - que são obrigatóriamente substituídas por outras novas a cada temporada.
Os shampoos são um caso típico. Às vezes paro na seção de shampoos dos mercados só para admirar a criatividade dos fabricantes. São dezenas de tipos diferentes, cada um alegando ter poderes únicos derivados de seus espantosos ingredientes exóticos: mel, chocolate, laranja, cerveja, bergamota, ovos, camomila, babosa, chá verde, rosa da bulgária, gerânio, baunilha, capim limão, melissa, erva doce, alecrim, aloé vera, calêndula, confrey, jaborandi, quina, babosa, ginseng, ginko biloba, isso só para citar alguns. Mas tudo isso é fichinha se comparado ao ingrediente definitivo: o DNA VEGETAL! Acho que os fabricantes chegaram a um beco sem saída após utilizar todas as espécies vegetais conhecidas, e resolveram juntar tudo em uma lorota só, o magnífico DNA vegetal. Para sorte da humanidade, isso não faz o menor efeito. Se fizesse, teríamos uma infinidade de mulheres mutantes, com cabelos transgênicos botando flores e frutas e atraindo abelhas.
Esta variedade nos produtos femininos causa dificuldades para os homens. A pior situação ocorre quando um infeliz vai ao supermercado e é convocado a comprar absorventes:
- Ah, amor, não esquece dos absorventes!
- Ahn… qual absorvente?
- Ah, você sabe, aquele que eu uso, o vermelhinho…
- Mas tem um monte de tipos diferentes! Qual o tipo?
- Ah, o normal.
Pura ilusão. Não existe tal categoria de produto feminino, NORMAL. Ao chegar à seção de absorventes, o homem cai de joelhos, fraco e impotente diante da variedade absurda de tipos: com abas, sem abas, com perfume, sem perfume, fino, extra-fino, ultrafino, suave, aderente à calcinha, com gel, sem gel, malha seca, branco, escuro, diurno, noturno, uso diário, fluxo intenso, fluxo moderado - além das infinitas combinações destes termos: suave com abas, suave sem abas, largo com abas sem perfume, fino sem abas com perfume, noturno sem abas fluxo intenso, diúrno com abas sem gel, etc. Tem de tudo, menos - é claro - um pacote vermelhinho com a palavra NORMAL estatelada na frente. O infeliz então compra aquele que mais se aproxima da descrição, e ainda tem de ouvir quando chega em casa:
- Você ficou maluco!?!? Eu não uso absorvente com abas! E este ainda tem perfume! Isso me dá alergia! E comprou deste tamanho! Vou ficar parecendo uma vaca com um negócio destes! Blá blá blá blá… É nisso que dá mandar uma homem comprar absorventes!
Ao contrário do que parece, esta última parte da ladainha não deve servir de conforto para o homem, porque da próxima vez que for ao supermercado ele ainda vai escutar:
- Amor, não esquece dos absorventes!
Só existe uma coisa que a mulher típica não gosta de trocar: o homem! Quando encontra um parceiro, a mulher típica gruda nele e não quer saber de experimentar variações. Já o homem típico neste ponto tem o comportamento oposto: não importa o quanto sua mulher seja atraente, ele sempre tem vontade de experimentar novidades - mas isso é assunto para outro artigo!
Os shampoos são um caso típico. Às vezes paro na seção de shampoos dos mercados só para admirar a criatividade dos fabricantes. São dezenas de tipos diferentes, cada um alegando ter poderes únicos derivados de seus espantosos ingredientes exóticos: mel, chocolate, laranja, cerveja, bergamota, ovos, camomila, babosa, chá verde, rosa da bulgária, gerânio, baunilha, capim limão, melissa, erva doce, alecrim, aloé vera, calêndula, confrey, jaborandi, quina, babosa, ginseng, ginko biloba, isso só para citar alguns. Mas tudo isso é fichinha se comparado ao ingrediente definitivo: o DNA VEGETAL! Acho que os fabricantes chegaram a um beco sem saída após utilizar todas as espécies vegetais conhecidas, e resolveram juntar tudo em uma lorota só, o magnífico DNA vegetal. Para sorte da humanidade, isso não faz o menor efeito. Se fizesse, teríamos uma infinidade de mulheres mutantes, com cabelos transgênicos botando flores e frutas e atraindo abelhas.
Esta variedade nos produtos femininos causa dificuldades para os homens. A pior situação ocorre quando um infeliz vai ao supermercado e é convocado a comprar absorventes:
- Ah, amor, não esquece dos absorventes!
- Ahn… qual absorvente?
- Ah, você sabe, aquele que eu uso, o vermelhinho…
- Mas tem um monte de tipos diferentes! Qual o tipo?
- Ah, o normal.
Pura ilusão. Não existe tal categoria de produto feminino, NORMAL. Ao chegar à seção de absorventes, o homem cai de joelhos, fraco e impotente diante da variedade absurda de tipos: com abas, sem abas, com perfume, sem perfume, fino, extra-fino, ultrafino, suave, aderente à calcinha, com gel, sem gel, malha seca, branco, escuro, diurno, noturno, uso diário, fluxo intenso, fluxo moderado - além das infinitas combinações destes termos: suave com abas, suave sem abas, largo com abas sem perfume, fino sem abas com perfume, noturno sem abas fluxo intenso, diúrno com abas sem gel, etc. Tem de tudo, menos - é claro - um pacote vermelhinho com a palavra NORMAL estatelada na frente. O infeliz então compra aquele que mais se aproxima da descrição, e ainda tem de ouvir quando chega em casa:
- Você ficou maluco!?!? Eu não uso absorvente com abas! E este ainda tem perfume! Isso me dá alergia! E comprou deste tamanho! Vou ficar parecendo uma vaca com um negócio destes! Blá blá blá blá… É nisso que dá mandar uma homem comprar absorventes!
Ao contrário do que parece, esta última parte da ladainha não deve servir de conforto para o homem, porque da próxima vez que for ao supermercado ele ainda vai escutar:
- Amor, não esquece dos absorventes!
Só existe uma coisa que a mulher típica não gosta de trocar: o homem! Quando encontra um parceiro, a mulher típica gruda nele e não quer saber de experimentar variações. Já o homem típico neste ponto tem o comportamento oposto: não importa o quanto sua mulher seja atraente, ele sempre tem vontade de experimentar novidades - mas isso é assunto para outro artigo!
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